O artesanato tem origem nos objetos utilitários, mas à medida que a indústria e a técnica substituíram muitos destes artefactos, estes foram perdendo importância económica e social. Iniciou-se como uma atividade subsidiária da olaria, na qual os artesãos utilizando pequenos excedentes de barro faziam pequenas peças para as crianças brincarem, quase sempre com figuras de pessoas ou animais. Os bonecos eram quase sempre apitos ou instrumentos musicais (ocarinas, rouxinóis, cucos, gaitas, entre outros).
Hoje, o artesanato de Barcelos mantém ainda viva a sabedoria dos antigos mestres, substituindo o caráter utilitário das peças pela decoração e arte, como é o caso do figurado, que é já um produto artesanal certificado. Este distingue-se de qualquer outra produção, nas formas, nas cores e nos temas, sendo os mais comuns os de cariz religioso e festivo (santos, presépios, diabos e cristos, etc.), os referentes à vida quotidiana (profissões, pessoas, festividades, etc.), o bestiário (diabos, figuras disformes e ambíguas) e figuras várias e miniaturas onde se destaca o famoso galo de Barcelos.
A exposição mostra algumas peças que integram o espólio dos Serviços de Turismo e são pertença de alguns dos mais emblemáticos mestres artesãos de Barcelos, nomeadamente, Rosa Ramalho, Rosa Cota, Maria Sineta, Ana Baraça e Mistério