A principiar o século XVI, Duarte D’Armas, fidalgo e talentoso escudeiro, foi incumbido pelo rei D. Manuel I de percorrer o reino de Portugal para desenhar as fortalezas e cidades fronteiriças. Começou o seu périplo pelo Algarve, Castro Marim, e terminou no Minho, mais precisamente em Caminha. Sem embargo, passou pela vila de Barcelos, que não fazendo parte das cidades fronteiriças, figurou num dos mais espantosos Códices europeus do final da Idade Média. Nesta obra, Duarte D’Armas apresenta desenhos de pelo menos duas vistas panorâmicas de cada povoação e as plantas das respetivas fortalezas.
Nota Bibliográfica
João Campos é Arquiteto (ESBAP-UPorto, 1974), Mestre em Relações Interculturais (M.Sc., UA-Lisboa, 2002), Doutor em História da Arte (Ph.D., UCoimbra, 2009), Consultor do CRUARB-Porto (1998-2003) e da Praça-Forte de Almeida (desde 2006). É também consultor e projetista da Fundação Calouste Gulbenkian para o Património Português no Mundo desde 1992, com missões e projetos de reabilitação desenvolvidos em 25 países em quatro continentes. Membro do «International Council on Monuments and Sites» há mais de 25 anos, é perito do Comité das Fortificações (ICOFORT-ICOMOS) e Membro Honorário do Comité das Cidades Históricas (CIVVIH-ICOMOS). Foi professor do Curso de Arquitetura da ESAPPorto e tem participado em inúmeros encontros e produzido dezenas de intervenções no domínio da salvaguarda do património construído, bem como edições sobre a matéria, destacando as mais recentes: “Almeida – Ciudad Rodrigo / A Fortificação da Raia Central”, com Fernando Cobos, 2013, e “Almeida – o Castelo de D. Dinis e a Fronteira de Portugal”, 2014.