“Este executivo municipal continua a desenvolver um modelo de gestão económico e financeiro que prossegue o rigor e o equilíbrio como grandes linhas orientadoras. Para isso, tem em linha de conta a realidade das finanças do Município, quer no lado da receita, quer no lado da despesa, procurando diminuir os encargos financeiros e melhorar substancialmente os prazos de pagamento, assegurando o investimento”, sublinha Miguel Costa Gomes, presidente da autarquia de Barcelos, para justificar a classificação atribuída pelo Anuário autárquico.
A posição de Barcelos é também o resultado de “um modelo de investimento descentralizador, que transfere competências para as freguesias”, acompanhadas de um envelope financeiro que corresponde a 200 por cento do valor que estas recebem do Fundo de Financiamento das Freguesias. “Sempre defendemos que os presidentes de Junta são o elo privilegiado de ligação aos cidadãos”, diz o presidente da Câmara, justificando assim a política de atribuição de mais autonomia e eficiência às freguesias do concelho.
O Anuário vem assim confirmar que o Município de Barcelos está no bom caminho em termos de gestão de recursos financeiros, numa lógica de execução orçamental assente no ajustamento da receita, mas, ao mesmo tempo, sem asfixiar o desenvolvimento do concelho, em tempos de dificuldades para famílias e empresas.
Para o ranking global da situação financeira dos municípios, os indicadores a ter em conta foram o índice de liquidez; o resultado operacional deduzido de amortizações e provisões sobre os proveitos operacionais; peso passivo exigível no ativo; passivo por habitante; taxa de cobertura da despesa realizada no exercício; prazo médio de pagamentos; grau de execução do saldo efetivo; índice da dívida total; grau de execução da despesa relativamente aos compromissos assumidos; impostos diretos por habitante.
O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses tem como autores João Carvalho, Maria José Fernandes, Pedro Camões e Susana Jorge pertencentes às instituições Tribunal de Contas, Ordem dos Contabilistas Certificados, IPCA, Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade e Universidade do Minho.