Beneficiar a rede viária florestal no total de 42,95 km, executar mosaicos e faixas de gestão de combustível no total de 78 hectares, através das equipas de sapadores florestais, e apostar em campanhas de sensibilização, tendo como foco as limpezas de terreno junto às habitações, são as medidas fundamentais dos pilares da política de gestão de fogos rurais para o ano de 2022.
Estas ações foram dadas a conhecer, ontem à tarde, na primeira reunião da nova Comissão Municipal de Gestão Integrada de Fogos Rurais, sessão que contou com a presença do presidente da Câmara, Mário Constantino, e do vereador da Proteção Civil, António Ribeiro.
No encontro de trabalho, onde foi aprovado o novo regimento, também foi abordado o estudo preliminar sobre a intenção de implementação da rede primária de defesa da floresta no Monte S. Gonçalo.
Recorde-se que, em janeiro último, o vereador da Proteção Civil fez uma visita de trabalho junto das equipas de sapadores florestais que ao longo do ano efetuam várias ações de silvicultura preventiva no concelho, especialmente junto da rede viária. Essas equipas também realizam manutenção de caminhos florestais e durante o período crítico fazem vigilância de incêndios florestais, podendo participar em ações de primeira intervenção, apoio ao combate e rescaldo dos fogos.
Área ardida em 2021 foi 94% inferior à média da última década
Em 2021, a área ardida de território florestal de Barcelos sofreu uma redução de 94% em relação à média dos últimos dez anos. No ano transato, arderam 28,7 hectares, enquanto a média da última década ascende a mais de 509 hectares. A redução de área ardida no ano passado tem correspondência com o número de ocorrências, que também sofreram uma redução de cerca de 75%. Segundo o relatório da Comissão Municipal de Gestão Integrada de Fogos Rurais, no ano passado registaram-se quarenta e seis ocorrências. No que refere às causas dos incêndios: onze ocorrências tiveram origem negligente, (16,7 hectares ardidos); 3 foram intencionais (1,1 hectares ardidos); vinte e sete ocorrências tiveram causas desconhecidas (9,57 hectares ardidos); e cinco reacendimentos deram origem a 1,28 hectares de área ardida.
Quanto ao trabalho efetuado no sentido de melhorar as acessibilidades para combater os fogos com maior eficácia e rapidez, foram executados trabalhos de melhoramento da Rede Viária Florestal – RVF, em vários maciços florestais do concelho, numa extensão de quase 14 Km.
Ainda no âmbito da prevenção estrutural, foram executadas faixas de gestão de combustíveis, em torno dos Aglomerados Populacionais, Rede de Gás, Rede Viária e Zonas Industriais.
Comissão Municipal de Gestão Integrada de Fogos Rurais (CMGIFR)
A Comissão Municipal de Gestão Integrada de Fogos Rurais de Barcelos, adiante designada por CMGIFR, é uma estrutura legalmente prevista de natureza obrigatória a quem incumbe a gestão integrada de fogos rurais do Município de Barcelos.
Composição da Comissão
A CMGIFR tem, nos termos da lei, a seguinte composição:
• O presidente da Câmara Municipal de Barcelos ou o seu representante, que preside;
• Um representante das Juntas de Freguesia, a designar pela Assembleia Municipal;
• Um representante do ICNF, IP;
• O coordenador municipal de proteção civil;
• Um representante da Guarda Nacional Republicana – GNR;
• Um representante da Polícia de Segurança Pública – PSP;
• Um representante da Associação Florestal do Cávado;
• Um representante do Comando do Corpo de Bombeiros Voluntários de Barcelos;
• Um representante do Comando do Corpo de Bombeiros Voluntários de Barcelinhos;
• Um representante do Comando do Corpo de Bombeiros Voluntários de Viatodos.
• Outras entidades e personalidades a convite do presidente da comissão, nomeadamente nas áreas da agricultura, floresta, caça, ambiente, energia, serviços públicos ou infraestruturas.