Três novas exposições vão ocupar quatro espaços municipais – Museu de Olaria, Torre Medieval, Posto de Turismo e Espaço Cultura.
A primeira a abrir ao público é uma coletiva sob o tema “O Galo de Barcelos – um produto de tradição, no caminho da inovação” e vai ser inaugurada às 17h do dia 19 de julho na Torre Medieval e Posto de Turismo.
No mesmo dia, mas às 21h30, abre ao público “Um só caminho, múltiplos olhares”, de António Miranda, no Espaço Cultura – Galeria de Exposições Temporárias.
Uma semana depois, sábado, dia 27 de julho, no Museu de Olaria é inaugurada a exposição “Lavar o Barro – Da Memória Individual à História Coletiva”, da jovem artesã, Lisa Barbosa, e que estará patente até 29 de setembro.
O Galo de Barcelos – um produto de tradição, no caminho da inovação” | Torre Medieval e Posto de Turismo
A figura maior do Figurado de Barcelos – o Galo – transformou-se numa peça de autor e num produto cultural de excelência, sem prejuízo da sua dimensão identitária que está no imaginário turístico daqueles que nos procuram. O Galo aparece em novos estilos e formas e cada artesão tem uma visão e expressão própria para este ícone, seja produzido no usual barro, na madeira ou em metais e derivados. O Galo recupera formas, reinventa colorações, mistura pinturas e reflete outros símbolos da identidade nacional, como o fado, os lenços de namorados do Minho, entre outros. E também assume as cores, as tendências, os gostos da sociedade atual e transforma-se num símbolo que ultrapassa a sua própria origem identitária.
Um só caminho, múltiplos olhares”, de António Miranda IEspaço Cultura – Galeria de Exposições Temporárias.
António Miranda, pintor barcelense, é, segundo Arturo Diaz, um “Artista paisagista, a Paisagem figurativa é a matriz da sua arte! Nela começou o seu percurso e a ela se mantém fiel, explorando outras possibilidades e virtualidades percetivas. Neste sentido, Miranda é esse experimentador que tem evoluído no seu percurso artístico rumo a outras figuras de um paisagismo que toca às margens do abstrato e do surreal! Desde a sua primeira Exposição na Biblioteca Municipal de Barcelos (2014) até hoje, o seu talento e engenho artísticos têm evoluído, não só no plano do domínio das técnicas, mas sobretudo no apuramento da sua perceção do mundo”.
Lavar o Barro – Da Memória Individual à História Coletiva, de Lisa Barbosa | Sala da Capela do Museu de Olaria
No sábado, dia 27 de julho, o Museu de Olaria inaugura a exposição “Lavar o Barro – Da Memória Individual à História Coletiva, da jovem artesã, Lisa Barbosa” e que estará patente até 20 de outubro.
Lisa Barbosa (1998) estudou Artes Plásticas – Escultura na Faculdade de Belas Artes do Porto e complementou a sua formação em Cerâmica no Curso de Cerâmica Criativa no Centro de Formação Profissional para a Indústria Cerâmica, nas Caldas da Rainha. Crescida no campo em terras barcelenses desde cedo tem contacto com os barros da família e é com esta especial ancestralidade da matéria que brotou uma paixão que se torna real fundamentalmente através da Escultura, Instalação, Desenho e Têxtil.
“Nesta exposição, quebra-se a parede que separa o público do doméstico, confrontando os dois até que se diluem. O conforto expectável do lar e o desconforto dos seus segredos. O poder paternal e a fragilidade aparente das amantes de flores. A morte e o Erotismo. A procura recorrente e redundante de desatar o nó que foi inconscientemente desenvolvido ou mais acertadamente, herdado. Lavar o Barro é uma tentativa irónica, pesada e sensível de representações que ressaltam os comportamentos humanos e seus instintos mais brutos. Uma fábula que cria contacto profundo com as nossas sensações individuais que estão inevitavelmente conectadas com os nossos antecedentes. Um pouco de mim, de vocês, e de nós.”