Princípio 2. Política educativa ampla
“Os municípios exercerão de modo eficaz as competências que lhes correspondem na educação. Seja qual for o âmbito destas competências, devem propor uma política educativa ampla, transversal e inovadora, incluindo todas as formas de educação formal, não formal e informal, bem como uma constante interação com as diversas manifestações culturais, fontes de informação e formas de descobrir a realidade que ocorrem na cidade e em cada um de seus bairros.
As políticas municipais de educação serão sempre entendidas como referidas a um contexto mais vasto inspirado nos princípios de justiça social, igualdade, cidadania democrática, sustentabilidade, qualidade de vida e promoção de seus habitantes.”
A leitura assumiu, desde sempre, um papel fundamental na promoção do desenvolvimento cultural, científico, político e, consequentemente, económico dos povos e dos indivíduos. É, sem dúvida, através do livro, que as crianças e os jovens aprendem a sistematizar as informações e os conhecimentos, a pensar, a olhar com espírito crítico a realidade, a problematizar o mundo, a encontrar resposta para os seus problemas, a respeitar as diferenças étnicas, sociais e pessoais e, muitas vezes, a interiorizar os seus direitos e deveres, como pessoas e como cidadãos.
Ao falarmos em direitos das crianças, pensamos sempre sobre como as crianças pensam e o que sabem sobre seus direitos. Num trabalho conjunto da Biblioteca Municipal e do Museu de Olaria de Barcelos, iniciou-se no ano letivo 2013/14 a atividade “Olhares sobre os nossos direitos”. Esta atividade é constituída por duas sessões, onde se procura explorar a temática dos Direitos da Criança, através da explicação dos direitos que integram a Declaração Universal dos Direitos das Crianças, da leitura de histórias, da sua ilustração e pintura em azulejo. Cada escola participante tem a oportunidade de ilustrar um dos direitos, para que no final da exploração de todos os artigos da referida declaração, possa ser constituído um painel conjunto onde todos os direitos estão representados segundo um olhar atento das crianças participantes.
Finalizado o painel, que inclui os 42 “quadros” representativos dos Direitos das Crianças, escritos e pintados pelos alunos das diversas escolas do concelho, é colocado num Centro Escolar do concelho, para que possa ser visualizado por toda a comunidade.
Neste projeto participaram já 71 escolas, 203 turmas e cerca de 4070 alunos.
Este ano, 2020, está prevista a inauguração de um novo painel, no Centro Escolar de Barqueiros, a associar-se aos cinco já inaugurados, nos seguintes Centros Escolares:
Centro Escolar de Arcozelo (2014); Centro Escolar António Fogaça (2016); Centro Escolar Vale do Tamel (2016); Centro Escolar de Viatodos (2018) e Centro Escolar de Gilmonde (2019).