No discurso alusivo à efeméride, o Presidente do Município de Barcelos condenou algumas personalidades portuguesas que têm defendido não fazer sentido festejar a Revolução dos Cravos e a conquista da democracia e da liberdade. Para Miguel Costa Gomes, Portugal vive um momento «difícil da sua história», que exigirá de toda a população que vive em democracia «um esforço redobrado e muitos sacrifícios». Alertando para os números da pobreza que emergem em Portugal, o líder do Município lembrou que é precisamente nestes momentos de crise económica e social que «os portugueses devem mostrar a sua coesão e natureza solidária», um conceito inscrito na construção da democracia.
Na comemoração do Dia da Liberdade, Miguel Costa Gomes lembrou ainda que os baixos níveis de produtividade, o aumento do desemprego e o envelhecimento da população portuguesa «têm vindo a colocar problemas graves à sustentabilidade da segurança social», o que, enquadrou, leva à necessidade da procura de «novas respostas e novos modelos de financiamento».
Uma nova realidade que levou este Executivo Municipal de Barcelos a estabelecer como uma das áreas prioritárias a Acção Social, através do incremento do apoio social aos cidadãos e às famílias necessitadas. Outro exemplo de aposta em políticas sociais desde Executivo, anunciou o Presidente, consiste na medida cautelar que foi tomada em relação ao «eventual corte no financiamento das instituições culturais, recreativas e desportivas para dar resposta, se isso se mostrar necessário, à resolução de carências básicas que sejam solicitadas pelos nossos concidadãos ou identificadas pelos serviços camarários».
Outra das fortes apostas deste Executivo Municipal é a Educação, assim, foi reforçado significativamente o apoio na aquisição de livros escolares, material didáctico e pedagógico e em alimentação a alunos carenciados. «É um contributo modesto para a resolução dos nossos problemas de escolaridade, temos consciência da necessidade de continuar este esforço, apesar das carências e debilidades que o Município de Barcelos enfrenta», disse o autarca.
A finalizar, o líder do Município frisou que, «com este Executivo Municipal, o 25 de Abril será comemorado ano após ano em Barcelos porque foi a Revolução dos Cravos que introduziu no nosso país um sentimento legítimo de esperança nos portugueses e de melhoria de qualidade de vida dos cidadãos». Faltará, concluiu em jeito de alerta, «melhorar o sistema democrático, adaptá-lo à mudança e aprofundar o regime no sentido de o fazer reflectir adequadamente o sentimento do povo».
A sessão solene contou ainda com intervenções do Presidente da Assembleia Municipal de Barcelos, José Costa Araújo, e dos representantes dos partidos políticos com assento na Assembleia Municipal.
Houve ainda dois espaços musicais com temas de Abril, ao som da harpa, por Eleonor Picas, num primeiro momento, e pelas vozes de Orlando Xavier, Isabel Fitas e Diana Martins, a encerrar a cerimónia.
