Vulgarmente conhecido por António “Lourenço”, António Gomes de Oliveira nasceu, a 28 de Setembro de 1959, no lugar de Vilela, na freguesia de Oliveira. Cresceu na casa do avô rodeado pela magia da argila. Dele herdou a actividade de oleiro e o mesmo gosto pela arte.
Do seu avô recebeu ainda o apelido “Lourenço”, porém, desconhece-se a origem. Ainda muito jovem, com treze anos apenas, começou a trabalhar como rodista. Com o passar dos anos, adquiriu experiência e conheceu novas técnicas de trabalhar o barro.
Aos 23 anos iniciou uma nova etapa da sua vida expondo no Centro de Artesanato de Barcelos, assim como, em diversos locais do país. Orientou um negócio de cerâmica com o amigo e sócio “Manel Zé”. Na “Citânia”, assim se chamava a empresa, dedicou-se, principalmente, à feitura de louça decorativa vidrada, à roda, mas também ao fabrico de miniaturas, as quais o tornaram bastante conhecido.
Entretanto, passou a laborar num anexo de sua casa com a ajuda da esposa, Inês Calisto Machado.
Com o apoio do Centro de Artesanato, realizou várias exposições em países como a França, no ano de 1982, e no Rio de Janeiro, no ano seguinte.
Progrediu no seu trabalho com o passar dos anos, indexando à arte popular novas cores e linhas, sem nunca abandonar os saberes e utensílios artesanais, facto que se verificou na sua crescente projecção nacional e também internacional.
Delatado pela enfermidade, que o incapacitou de trabalhar na roda de oleiro, chegou a fazer algumas imagens inspiradas no figurado, simples, mas com o mesmo toque artístico e apaixonado que empregou em todas as outras ao longo da sua vida.
Faleceu com 44 anos, no dia 17 de Março de 2003, mas legou ao artesanato e cerâmica local a certeza que a inovação e a tradição são características perfeitamente conciliáveis no design e nas formas do artesanal local.