Mas o crescimento do maior evento anual de arte popular realizado em Barcelos não se verifica apenas pelo número de participantes. Também a área de ocupação da mostra vai aumentar, com a criação de uma nova zona no Parque da Cidade, destinada a expositores de produtos gastronómicos da região.
Organizada pela Empresa Municipal de Educação e Cultura (EMEC), a iniciativa volta a ser palco de promoção para os mais conceituados barristas do concelho e do país, mas também para os que trabalham noutras artes e ofícios, como a cestaria, os bordados de crivo, as madeiras, o ferro e derivados (cobre, estanho, latão, entre outros) ou o artesanato urbano.
Para o presidente da Câmara de Barcelos, o certame que melhor espelha a autenticidade e riqueza da arte popular portuguesa “é já uma imagem de marca do concelho” e uma “referência” para quem visita a mostra durante os nove dias do programa.
Na apresentação da 30.ª edição, que hoje decorreu no salão nobre da Câmara, Miguel Costa Gomes considerou que os dois principais objetivos da Mostra de Artesanato e Cerâmica de Barcelos são “a promoção artística do trabalho realizado pelos artesãos e o desenvolvimento da atividade económica local”.
O presidente da autarquia barcelense enalteceu ainda “o esforço feito para reduzir em 10 por cento” os custos associados à realização da iniciativa da EMEC, o que mostra “o rigor e a exigência que o Município coloca na gestão dos dinheiros públicos”, principalmente em período de dificuldades económico-financeiras.
A edição de 2012 tem um orçamento de 165 mil euros, menos 18 mil euros comparativamente com 2011, em resultado de uma “política de redução de custos que tem vindo a ser posta em prática”, reconheceu ainda Miguel Costa Gomes na conferência de imprensa de apresentação do programa da Mostra de Artesanato.
Já o presidente da EMEC, Augusto Castro, afirmou que, pela primeira vez, a Mostra de Artesanato “viu o orçamento ser reduzido”, para acompanhar o ajustamento económico-financeiro por que passa o país, mas, ainda assim, deixou a garantia de que “a qualidade e a quantidade não foram postas em causa”.
De facto, para além do aumento do número de participantes em relação à edição anterior, também a área da mostra aumentou, passando a ocupar praticamente todo o Parque da Cidade. E, mesmo com a redução orçamental, o programa de animação baseado na riqueza cultural e etnográfica do concelho não perdeu qualidade, uma vez que os principais representantes das tradições e costumes barcelenses vão estar presentes no certame.
Uma vez mais, a mostra vai contar com os habituais grupos folclóricos internacionais, participantes no Festival Rio. Pelo palco principal, vão passar grupos provenientes do Peru, Venezuela, Japão, Indonésia, República Checa e Togo.
Pelo segundo ano consecutivo, a verdade festa minhota em pleno coração de Barcelos inclui ainda a Gala do Artesanato, na qual vão ser distinguidos os participantes na mostra nas diversas áreas. A cerimónia vai servir para premiar os trabalhos mais originais de olaria, cestaria, figurado, miniaturas, madeira, metais, bordados e tecelagem e ainda para entregar os prémios “Carreira”, “Revelação” e “Inovação”.
Por fim, a gastronomia e o vinho marcarão também presença no evento do Município de Barcelos, cujo concelho é um dos maiores produtores de vinho da Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Produto único no Mundo, o Vinho Verde estará representado por sete produtores, para ser degustado com as melhores iguarias de Barcelos e da região do Minho.
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