A apresentação do livro esteve a cargo da vereadora do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Barcelos. Armandina Saleiro referiu-se à obra como tendo grande “importância para o conhecimento e documentação” da vida de homens “inspiradores e assinaláveis”, nascidos em Barcelos.
O livro “é uma oportunidade para todos refletirmos acerca da importância crucial de que a identificação, o estudo, a salvaguarda e a valorização do património cultural material e imaterial do concelho se reveste”, disse a vereadora. Por isso, “o Município de Barcelos tem muito a agradecer a associações como a do Grupo dos Amigos de D. António Barroso pelo contributo inestimável que têm dado para a concretização deste intento”. E acrescentou: “o momento de particular dificuldade que vivemos torna este livro especialmente feliz e oportuno, porque documenta como homens especiais – como D. António Barroso – em momentos de particular transformação e tumulto, podem realizar e inspirar todo um país”.
A sessão, que contou com interpretações do Coro Gregoriano do Porto, incluiu ainda a intervenção de D. Januário Torgal Ferreira. O Bispo das Forças Armadas e da Segurança começou por afirmar: “Ao lembrar-me de D. António Barroso lembro-me dos pobres, dos trabalhadores, dos agricultores, da vida militar de que ele foi suporte e pastor nas terras ultramarinas; e lembro-me dele como um homem do Evangelho”
Para D. Januário “homenagear D. António Barroso é honrar o que é fundamental: cooperar e solidarizar”. A Igreja deve ser “porta-voz dos pobres e dos humildes”.
D. António Barroso “tocou em temas que hoje continuam em discussão: a sensibilidade para com as estruturas operárias e ao mundo do trabalho”.
A terminar, D. Januário referiu-se aos bispos D. António Barroso e D. António Ferreira Gomes, como “figuras da Igreja pouco conhecidas” que deviam ser mais divulgadas e “ter mais brilho”.
O encontro teve ainda com uma intervenção do padre jesuíta e genealogista António Júlio Limpo Trigueiros, sobre a sua obra “Sacerdotes, religiosos e missionários remelhenses”. O padre franciscano António de Sousa Araújo, da Academia Portuguesa da História, falou sobre Frei Francisco de Santiago (1692-1770), natural de Remelhe, liturgista e autor da Crónica da Santa Província de Nossa Senhora da Soledade, que faz a historiografia da Ordem Franciscana em Portugal.