As intervenções pretendem reforçar a importância do centro histórico, potenciando o seu património e a sua história como áreas de interesse para quem visita Barcelos e, desse modo, contribuir para o desenvolvimento da economia local e para a promoção da riqueza turística da cidade e do concelho.
“Queremos devolver dignidade aos espaços históricos da cidade e permitir que os barcelenses usufruam dos equipamentos municipais, como é o caso do Teatro Gil Vicente”, diz ainda Miguel Costa Gomes, que destaca a seletividade do investimento do Município “em obras úteis aos cidadãos”.
A requalificação do Largo Martins Lima vai permitir prolongar e “estender para a rua” o espaço cultural do Teatro Gil Vicente, através da criação de uma área de palco, fixa e de pequenas dimensões, e do “prolongamento” do café/concerto que o Teatro vai dispor no seu interior.
A concepção arquitectónica para a requalificação do Largo assenta na convivência peão/automóvel, num espaço desenhado a pensar no peão mas onde o automóvel seja tolerado. Para isso, a cota do pavimento será elevado à cota do passeio e será construída uma área em lajedo na entrada do Largo para quem chega da Rua Infante D. Henrique, uma opção que vai permitir cargas e descargas e manobras de uma viatura de combate a incêndio. Estão salvaguardadas os acessos a pessoas com dificuldade de mobilidade.
A circulação automóvel mantém-se na faixa anteriormente existente entre o Largo Martins Lima e a Rua Visconde de Leiria, em direção ao Largo do Apoio, e terá pavimentação em cubo de granito “azul”. Esta faixa permitirá a inversão de marcha numa bolsa de retorno junto à Rua D. António Barroso.
Reconhecendo a necessidade de assegurar algum estacionamento, prevê-se uma zona para o efeito junto aos edifícios localizados a norte e Rua Visconde de Leiria, num total de 11 lugares, demarcados por guias de granito e pavimento em cubo de granito azul.
Ainda no âmbito desta intervenção, está a ser ponderada a possibilidade de deslocar para este Largo a “estátua aos poetas”, do escultor José Rodrigues, que se encontra localizada junto ao edifício da Galeria de Arte. A escultura será aplicada no pavimento, sem nenhuma demarcação especial.
Serão também colocadas três árvores de flor e de pequeno porte, na “separação” do espaço do peão da faixa de rodagem do automóvel, estabelecendo assim uma zona de conforto e contribuindo para o embelezamento do Largo.
Quanto ao Teatro Gil Vicente, depois de concluídos os trabalhos da 2.ª fase, houve necessidade de efetuar novas obras e proceder a algumas alterações que correspondessem às exigências da vistoria. A equipa que projetou as obras do Teatro teve, então, de elaborar um novo projeto para que o edifício pudesse ficar conforme as normas legais, designadamente no âmbito da segurança, obras essas que começam agora a ser executadas.
O prazo de execução das empreitadas é de 30 dias. As obras do Largo terão um custo de cerca de 125 mil euros e as do Teatro de cerca de 150 mil euros.