A Vereadora do pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Barcelos, Elisa Braga, agradeceu a presença de todos e em especial de João Campos, dizendo que “este é um tema belíssimo” e que todas estas conferências e iniciativas desenvolvidas pela Câmara no âmbito das Comemorações “nos tornam mais enriquecidos”, lembrando, também, outras iniciativas incluídas num vasto programa que ao longo deste ano se seguirão.
Joel Cleto introduziu a comunicação, salientando a existência de um foral antigo atribuído por D. Afonso Henriques, por volta de 1166, “aos habitantes presentes e futuros de Barcelos”. Nos inícios do século XVI, D. Manuel procedeu a uma reorganização administrativa do país, atribuindo, entre 1496 e 1520, cerca de 600 forais. Os antigos forais encontravam-se já ilegíveis e desatualizados e o Foral «novo» de Barcelos de 1515 veio reforçar a importância da cidade. O historiador portuense na apresentação questionou ainda a razão de Barcelos figurar no «Livro das Fortalezas» de Duarte D’Armas.
João Campos assumiu que não trazia certezas, mas antes “interrogações”. O livro das fortalezas faz parte dos documentos da nova ordenação do país. O conferencista considera que este livro “pode ser considerado o primeiro mapa de Portugal e que a circunstância do Paço dos Condes figurar no livro de Duarte D’Armas é um mistério”.
O conferencista assumiu ainda que Barcelos poderá também figurar nesta obra pelo seu rio, “leito transversal, granítico, que possibilitou a realização de uma base de fundações muito apertadas que permitiu facilmente construir uma ponte” ou ainda por ter sido sede de um condado que influenciou os destinos da casa reinante. João Campos concluiu que “ainda não há explicação plausível para este facto. Fica a dúvida”.