Republicano histórico, com toda uma vida dedicada aos ideais democráticos e à República, o Dr. Martins Lima faleceu há cem anos, no dia 26 de agosto de 1918.
Da homenagem consta, pelas 16h00, o descerramento de uma placa na casa onde viveu e teve o seu consultório, na rua D. António Barroso, seguindo-se a conferência intitulada “Martins Lima: o primeiro republicano barcelense”, por Victor Pinho, Bibliotecário Municipal e Investigador, no auditório da Biblioteca Municipal. As cerimónias terão ainda a participação do Coro de Câmara de Barcelos. Informações adicionais:
Segundo o “Dicionário de Barcelenses”, António Martins de Sousa Lima nasceu em Barcelos, em 18 de julho de 1850 e faleceu, em 26 de agosto de 1918, na sua quinta, no lugar de Moreiros, freguesia de Tamel de S. Veríssimo – Barcelos. Era filho de Manuel Martins Gomes, da freguesia de Carvoeiro – Viana do Castelo e de Ana Júlia de Sousa Lima, natural de Barcelos, moradores que foram no Campo da Feira da então vila de Barcelos. Era neto paterno de Domingos José Martins e Susana Maria Gomes, da freguesia de Carvoeiro – Viana do Castelo e materno de Atanásio de Sousa Pereira Lima e de Maria Vitória de Sousa, da então vila de Barcelos. Foi casado, em primeiras núpcias, com Filomena dos Prazeres Ferreira de Macedo Lima, filha de José António de Macedo, natural de Cavalões, comerciante e de Maria Teresa Ferreira, moradores na rua Direita, em Barcelos, que faleceu, em 29 dezembro de 1879, com apenas 24 anos de idade. Casou, em segundas núpcias, com Ana Ferreira de Macedo Lima, sua cunhada, irmã da primeira mulher. Deste casamento houve descendência: Zoé Macedo Martins Lima (29.6.1882-19.10.1959), e Ana Macedo Martins Lima (04.08.1883-28.01.1933), solteiras, Célia Macedo Martins Lima (18.1.1885-18.8.1977) casada com o coronel Afonso Henriques Barbeitos Pinto e tenente António Macedo Martins Lima (1889 – 26.10.1963).
O Dr. Martins Lima foi fundador e diretor do jornal republicano “A Ideia Nova”, colaborou em “A Lágrima”, com o pseudónimo de “Fabrício”, e na “Barcellos Revista”. Esteve ainda ligado à criação do Clube Democrático Barcelense (1.12.1883 – ?.2.1891), do qual que foi sempre seu presidente, à Liga de Instrução Barcelense e à Escola Municipal de Instrução Primária, que começou a funcionar no ano letivo de 1904/05, e da qual foi diretor e professor e do Centro Republicano Barcelense. A partir de meados de 1913, depois de uma contenda na estrutura local do Partido Republicano, com o Dr. João Cardoso de Albuquerque e os seus partidários, foi-se afastando progressivamente da política. Reconhecendo os seus méritos como homem, como profissional e como político, a Câmara Municipal de Barcelos, em reunião de 22 de fevereiro de 1919, por proposta de Camilo Ramos, atribuiu o seu nome a uma artéria citadina, ao antigo largo do Teatro. |