Nesse sentido, o Presidente da Câmara Municipal, Miguel Costa Gomes, fez chegar na passada sexta-feira à Assembleia da República e ao Governo uma carta a apelar à inclusão da construção do novo hospital no Orçamento do Estado.
A missiva foi enviada para o Presidente da Assembleia da República, Primeiro-Ministro, Ministro das Finanças, Ministro da Saúde, Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Líderes dos Grupos Parlamentares, Presidente da Comissão de Saúde e a todos os deputados pertencentes à Comissão de Saúde.
A carta foi acompanhada por um Galo de Barcelos, ícone do artesanato da cidade e símbolo de Portugal, em cuja base está escrito o apelo: “Pela construção do novo hospital – Barcelos”. O objetivo passa por chamar a atenção para a necessidade da realização desta importante obra que iria servir 153 mil utentes da sua área de influência, correspondente aos concelhos de Barcelos e Esposende.
O documento sublinha a aprovação, a 12 de julho de 2018, na Assembleia da República, de quatro Projetos de Resolução que pugnavam pela construção de um novo hospital público em Barcelos, através dos quais “todos os Grupos Parlamentares com assento na Assembleia da República reconhecem que seria fundamental a inclusão, no Orçamento do Estado para 2019, de um modelo de financiamento conducente à construção do Novo Hospital em Barcelos”, o que permitiria à Câmara Municipal “avançar com a aquisição do terreno”.
Na carta, a Câmara Municipal lembra, ainda, o “Acordo Estratégico para o lançamento de um Novo Hospital em Barcelos” assinado com o Ministério da Saúde em 2009 e nota que o atual Governo, em várias iniciativas públicas, “também reconheceu a importância da construção de um Novo Hospital em Barcelos”.
O Município de Barcelos refere que o atual edifício, propriedade da Santa Casa da Misericórdia, “apresenta uma estrutura física antiquada, funcionalmente desequilibrada e desarticulada, estando longe de dispor das condições apropriadas para prestar cuidados de saúde de acordo com os melhores padrões de qualidade e segurança do Serviço Nacional de Saúde, e assim assegurar um atendimento e acolhimento adequados aos seus utentes”.
O texto sublinha, ainda, que “a atividade realizada nas várias linhas assistenciais ilustra a imprescindibilidade de um novo hospital, num modelo de proximidade”, sendo que, de acordo com os dados do Relatório de Gestão e Contas do Hospital Santa Maria Maior, referente a 2016, foram realizadas 71 312 consultas externas, na atividade cirúrgica foram intervencionados 4 561 doentes e o serviço de urgência registou 69 751 episódios.
“Assim sendo, seria fundamental a abertura da dotação orçamental em sede de Orçamento de Estado para 2019”, conclui a Câmara Municipal de Barcelos, destacando “a urgência e justeza desta obra”.