O verão não termina sem mais um festival em Barcelos. De 9 a 12 de setembro, alguns dos locais mais icónicos da cidade acolhem a sexta edição do Jazz ao Largo, um festival que leva a cena alguns dos mais conceituados artistas de renome internacional, numa simbiose perfeita com o jazz que se toca em Portugal e as experiências feitas por músicos de Barcelos.
Razões não faltarão para assistir a uma mão cheia de espetáculos, que se dividirão entre o Largo Dr. Martins Lima, o Theatro Gil Vicente, o claustro da Câmara Municipal de Barcelos e o Salão Nobre, ao longo de quatro dias.
O Festival começa a 9 de setembro com um concerto protagonizado por Rita Marcotulli, uma das principais artistas de jazz italiano. Compositora, pianista e dotada de um timbre melódico e uma voz instrumental única, Rita Marcotulli traz até Barcelos a sonoridade italiana e as experiências de longos anos de carreira dividindo o palco com vários músicos. O concerto está marcado para as 22h00, no Largo Dr. Martins Lima.
O caráter internacional do Jazz ao Largo fica também marcado pela presença de Andy Sheppard, um dos principais saxofonistas europeus e um dos raros músicos britânicos que tiveram impacto significativo no panorama internacional de jazz. Para a sua passagem por Barcelos, Andy Sheppard convida três dos mais inovadores instrumentistas portugueses – Mário Delgado, na guitarra, Hugo Carvalhais, no contrabaixo, e Mário Costa, na bateria, – e apresenta o projeto Costa Oeste. O concerto acontece dia 10 de setembro, às 22h00, também no Largo Dr. Martins Lima.
Depois de uma viagem até Itália e de uma passagem por Inglaterra, o Festival Jazz ao Largo passa, em definitivo, para vozes nacionais. Bestiário é o projeto que se segue, dia 11 de setembro, à mesma hora e no mesmo local. Ao abrigo do projeto Caleidoscópio, o guitarrista Mário Delgado lidera a Residência Artística que envolve músicos oriundos da cidade de Barcelos e a apresentação pública de vários dias de partilha e de construção musical acontece no Festival Jazz ao Largo.
No mesmo dia, mas durante a tarde (15h00), no Salão Nobre, o multi-instrumentista Paulo Mesquita assume os comandos de um workshop de improvisação, inspirado nos vários projetos a que o músico está associado, desde dança, teatro, cinema e música ao vivo. O resultado será apresentado num concerto, às 17h00.
O Jazz ao Largo é também um festival de estreias. No último dia, às 17h00, apresenta-se, no claustro do edifício da Câmara Municipal de Barcelos, Luís Vicente Trio, com “Chanting in the name of…”, disco de estreia do grupo formado por Luís Vicente, no trompete, Gonçalo Almeida, no contrabaixo, e Pedro Melo Alves, na bateria. Será um concerto de música espiritual e aguerrida.
Dos oito aos 80 anos, o Jazz ao Largo não esquece os ainda mais pequenos e apresenta, no dia 12, às 10h00, no Theatro Gil Vicente, jazz para bebés, com jazzyababum, um projeto para a primeira infância, com uma grande componente musical, através da qual será desenvolvido um primeiro contacto com o jazz.
Ao longo de todo o evento estará patente, no Theatro Gil Vicente, a exposição “Interlúdios”, um olhar do fotógrafo João Sousa sobre o próprio Festival.
Todas as atividades são de entrada gratuita, limitada à lotação dos espaços e em conformidade com as regras de segurança e higiene, decorrentes da pandemia pela Covid-19.
O Festival Jazz ao Largo é uma organização da Câmara Municipal de Barcelos, com a curadoria do barcelense Pedro Oliveira.
Pode reservar o bilhete para os espetáculos no Theatro Gil Vicente, de terça a sexta-feira, das 10h00 às 17h00, através do e-mail (tgv@cm-barcelos.pt) ou por telefone (253 809 694).