O Município de Barcelos viu aprovado financiamento para o projeto Sou +, que visa promover a inclusão das pessoas em situação de sem-abrigo, dando particular atenção à problemática da saúde mental, à capacitação da população-alvo e à sensibilização e combate ao estigma junto da comunidade em geral.
O programa, que assume particular relevância no contexto atual de pandemia, com o aumento do risco de pobreza e da dificuldade no acesso a bens essenciais, tem um prazo de execução de dois anos e contempla um investimento superior a 160 mil euros, cofinanciado pelo Programa Operacional Norte 2020, através do Fundo Social Europeu.
O projeto destaca-se por ter um caráter multifacetado e inovador, ancorado na constituição de três gestores de caso, mais concretamente, um psicólogo, um assistente social e um educador social, que irão permitir que a cada pessoa em situação de sem-abrigo fique alocado o profissional que melhor se adeque às suas especificidades e vulnerabilidades.
Porque não é possível promover a inclusão sem uma intervenção do foro psiquiátrico, o programa diferencia-se também pela importância que é dada à estabilização e promoção da saúde mental, que se irá traduzir não só em consultas, mas também em trabalho de campo. Merece igualmente realce o facto de as pessoas em situação de sem-abrigo serem coautoras do próprio projeto, através de um “Focus Group” de seis pessoas, que sugeriu temas e relevou anseios e necessidades, como a criação de um centro ocupacional, que melhor ajudarão a desenvolver o projeto e contribuirão para o desemprenho do mesmo.
No final, será criado um guia, que permitirá transferir as boas práticas para outros territórios que careçam de intervenções semelhantes.
O programa, que assume particular relevância no contexto atual de pandemia, com o aumento do risco de pobreza e da dificuldade no acesso a bens essenciais, tem um prazo de execução de dois anos e contempla um investimento superior a 160 mil euros, cofinanciado pelo Programa Operacional Norte 2020, através do Fundo Social Europeu.
O projeto destaca-se por ter um caráter multifacetado e inovador, ancorado na constituição de três gestores de caso, mais concretamente, um psicólogo, um assistente social e um educador social, que irão permitir que a cada pessoa em situação de sem-abrigo fique alocado o profissional que melhor se adeque às suas especificidades e vulnerabilidades.
Porque não é possível promover a inclusão sem uma intervenção do foro psiquiátrico, o programa diferencia-se também pela importância que é dada à estabilização e promoção da saúde mental, que se irá traduzir não só em consultas, mas também em trabalho de campo. Merece igualmente realce o facto de as pessoas em situação de sem-abrigo serem coautoras do próprio projeto, através de um “Focus Group” de seis pessoas, que sugeriu temas e relevou anseios e necessidades, como a criação de um centro ocupacional, que melhor ajudarão a desenvolver o projeto e contribuirão para o desemprenho do mesmo.
No final, será criado um guia, que permitirá transferir as boas práticas para outros territórios que careçam de intervenções semelhantes.
A fundamentação do projeto surge na sequência de uma caraterização sociodemográfica do público-alvo, que dá nota da existência, à data de 31 de dezembro de 2020, de 59 pessoas em situação de sem-abrigo em Barcelos. Trata-se, maioritariamente, de uma população do género masculino, com uma média de idades de 48 anos e com baixa escolaridade.
Os dados recolhidos demonstram, ainda, que 81% da população-alvo não aufere qualquer rendimento, 12% está em situação de reforma por invalidez ou velhice, 3% recebe apoio informal, 2% tem como fonte de rendimento a prostituição e os restantes 2% são beneficiários do Rendimento Social de Inserção.
Para a maioria, perto de 60%, a condição de sem-abrigo arrasta-se há mais de um ano.
A caraterização da população-alvo permite também referir que a esmagadora maioria padece de alguma patologia e tem comportamentos que comprometem a sua saúde, nomeadamente o consumo de substâncias psicoativas e/ou álcool (75%). Os dados revelam, ainda, que 10% é portadora de doença mental diagnosticada e em 29% dos casos existem suspeitas da presença de doença mental. Situações que dificultam a reabilitação e que exigem uma intervenção fortemente vocacionada para o fortalecimento ao nível psíquico, físico e social.
Promovido pela autarquia, o projeto terá o GASC e os Médicos do Mundo como parceiros fundamentais, entidades que desenvolvem desde há longa data um trabalho conjunto no âmbito desta e de outras temáticas de intervenção social, numa lógica de colaboração e partilha de recursos. No entanto, irá contar, ainda, com a colaboração de mais sete entidades: Instituto de Emprego e Formação Profissional, Cruz Vermelha Portuguesa, Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Hospital de Barcelos, Instituto São João de Deus, Núcleo Local de Intervenção e Recovery IPSS. Cria-se, desta forma, uma rede de apoio formada por entidades que atuam em áreas-chave complementares, como seja a saúde e, em particular, a saúde mental, o apoio social, a reinserção e a integração social e profissional.
O programa não contempla nenhuma resposta habitacional, uma vez que já existem projetos nesse sentido, concretamente o “Espaço Noturno de Pernoita Temporária” e o “Um Teto Para Todos”, respostas desenvolvidas em articulação entre o Município, o GASC, os Médicos do Mundo, o Centro Social da Paróquia de Arcozelo e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana. No âmbito da Ação Social do Município, existe também o “Programa de Apoio ao Arrendamento Habitacional”.
Os dados recolhidos demonstram, ainda, que 81% da população-alvo não aufere qualquer rendimento, 12% está em situação de reforma por invalidez ou velhice, 3% recebe apoio informal, 2% tem como fonte de rendimento a prostituição e os restantes 2% são beneficiários do Rendimento Social de Inserção.
Para a maioria, perto de 60%, a condição de sem-abrigo arrasta-se há mais de um ano.
A caraterização da população-alvo permite também referir que a esmagadora maioria padece de alguma patologia e tem comportamentos que comprometem a sua saúde, nomeadamente o consumo de substâncias psicoativas e/ou álcool (75%). Os dados revelam, ainda, que 10% é portadora de doença mental diagnosticada e em 29% dos casos existem suspeitas da presença de doença mental. Situações que dificultam a reabilitação e que exigem uma intervenção fortemente vocacionada para o fortalecimento ao nível psíquico, físico e social.
Promovido pela autarquia, o projeto terá o GASC e os Médicos do Mundo como parceiros fundamentais, entidades que desenvolvem desde há longa data um trabalho conjunto no âmbito desta e de outras temáticas de intervenção social, numa lógica de colaboração e partilha de recursos. No entanto, irá contar, ainda, com a colaboração de mais sete entidades: Instituto de Emprego e Formação Profissional, Cruz Vermelha Portuguesa, Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Hospital de Barcelos, Instituto São João de Deus, Núcleo Local de Intervenção e Recovery IPSS. Cria-se, desta forma, uma rede de apoio formada por entidades que atuam em áreas-chave complementares, como seja a saúde e, em particular, a saúde mental, o apoio social, a reinserção e a integração social e profissional.
O programa não contempla nenhuma resposta habitacional, uma vez que já existem projetos nesse sentido, concretamente o “Espaço Noturno de Pernoita Temporária” e o “Um Teto Para Todos”, respostas desenvolvidas em articulação entre o Município, o GASC, os Médicos do Mundo, o Centro Social da Paróquia de Arcozelo e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana. No âmbito da Ação Social do Município, existe também o “Programa de Apoio ao Arrendamento Habitacional”.