O presidente da Câmara Municipal de Barcelos apelou hoje ao fim ”das desigualdades e discriminações” que conduzem a estigmas “ligados a estatuto social, raça, etnia, género, religião, idade, deficiência física (…) que urge serem revistos porque não são compatíveis com o futuro que, todos queremos construir”.
Mário Constantino falava no Fórum de presidentes de Câmara, na XIV Conferência Anual da Rede de Cidades Criativas da UNESCO, que se está a realizar em Santos, Brasil, um evento que reúne delegados de quase 300 cidades em representação de cerca de 90 países, e que tem como tema ‘Criatividade, caminho para a igualdade’.
Para o edil barcelense, “a cultura é o derradeiro instrumento dos valores locais e a prova de que as instituições não se acomodam e também não se resignam à realidade atual”, pelo que é preciso lutar por “um futuro plural, sustentável e inclusivo, onde, num mesmo mundo, a diversidade cultural dos povos seja mote para pontes e cenários de tolerância, pois é na diversidade que se encontra a riqueza humana”.
Realçando que “é com muito gosto que vindos de Barcelos, uma cidade com cerca de 117 mil habitantes, no coração do Minho – Portugal, integramos esta rede de cidades criativas que trabalham juntas no sentido de apoiar a criatividade e as indústrias criativas nos processos de desenvolvimento sustentável ao nível local”, Mário Constantino sublinhou que “nunca podemos nem devemos perder de vista que falar em igualdade é também falar em inclusão e tolerância”.
No seu discurso, o presidente da Câmara de Barcelos assegurou que aqueles pressupostos “são os grandes catalisadores positivos para os objetivos de desenvolvimento humano que se perspetivam enquanto desafio global, considerando as metas estabelecidas pela Agenda 2030”, e apelou que não se esmoreça no esforço, no trabalho e na luta “contra as desigualdades; uma tarefa difícil mas que deve ser prioritária na estratégia de desenvolvimento social”.
O autarca de Barcelos terminou a sua intervenção lembrando a importância da rede de Cidades Criativas, “que desde 2004 trabalha incessantemente para transformar uma sociedade altamente industrial e tecnológica, numa sociedade onde aquele fator que melhor nos define como seres humanos e que tantas vezes negligenciamos – A CRIATIVIDADE – esteja no centro dos processos de desenvolvimento, seja mais um fator na definição de um caminho sustentável que promova a igualdade e diversidade. Façamos da Criatividade o guião para um mundo mais justo”, concluiu.