“A Musicalidade na Pintura”, de António Cunha e Silva, é o tema da exposição que abriu, no dia 21 de abril, na Casa do Vinho, sita na Praceta Rogério Calás de Carvalho, no Centro Histórico de Barcelos. Esta mostra é o resultado de um processo criativo que integra uma das temáticas favoritas do artista: a música.
António Cunha Silva é um apaixonado pela arte, pela música e pela cultura, e nas suas obras pictóricas sente-se e observa-se uma simbiose dos elementos que estruturam a música com aqueles que estruturam a linguagem visual. Percebemos então, com muita clareza, que uns e outros são os mesmos, apenas enunciados com metodologias distintas.
Como pintor, abstrai o tema, da mesma forma que o abstrai para tocar ou compor música, sem que isso tenha que excluir por completo a narrativa. O tema está permanentemente presente, nos vazios comos nos cheios das formas que desenvolve.
Os elementos pictóricos são pensados como sonoridades, com densidades, intensidade, ritmos e tempos diversos. Na sua pintura há campos vazios, silêncios, apontados pela exuberância lumínica.
A exposição vai ficar patente, na Casa do Vinho, até ao dia 10 de junho e pode ser vista de segunda a sexta-feira das 10h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Aos sábados, domingos e feriados das 14h00 às 17h30 (até 3 de maio).
Sobre o Autor
António Cunha e Silva nasceu em 1941, em Leça da Palmeira.
Diplomado pelo Conservatório de Música do Porto, foi membro da Orquestra Sinfónica e do Quarteto de Cordas do Porto. Foi professor de violino e presidente do Conselho Diretivo do Conservatório de Música do Porto, Diretor da Academia de Música de Matosinhos, Conservatório da Maia e do Conservatório da Covilhã.
No âmbito musical, recebeu dois prémios escolares – Fundação Calouste Gulbenkian e o 2º prémio da Juventude Musical Portuguesa. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Francês – Bruxelas e Nice. Como violinista convidado, integrou a Orquestra Gulbenkian, nas tournés à União Soviética, China e Índia. Como violinista convidado, integrou a orquestra “La Folia” dirigida pelo maestro Miguel Graça Moura, nas tournés à Tailândia e China.
No percurso literário de A Cunha e Silva, destaca-se a publicação de 14 livros, em 2015 e 2019, foi distinguido nas “Correntes d’Escritas” Póvoa de Varzim, com duas menções honrosas no âmbito do prémio Luís Rainha. Em 2020, foi distinguido com o prémio literário cónego Albano Martins Sousa instituído pelo município de Sátão/Viseu.
Colaborador dos jornais “O Comércio de Leixões”, “Matosinhos Hoje“, “Maré “, “O Badalo de Leixões “, “O Matosinhense“ e a revista “Notícias da Matosinhos”. Escreveu textos para catálogos de pintura e apresentação de livros. Conferencista, participou em Jornadas Culturais em Leça da Palmeira/Matosinhos e Parada de Gonta/Tondela e, em Congressos Internacionais – Culto ao Espírito Santo na Ilha Terceira e no Museu Soares dos Reis/Porto, dedicado a Aurélia de Sousa.
É sócio honorário da Casa dos Açores do Norte, membro correspondente do Instituto D. João VI, da Ordem Militar de S. Sebastião – dita da Frecha. Membro do “Núcleo de Estudos Interdisciplinares de Matosinhos”. Foi distinguido pela ação cultural pela Junta de Freguesia de Matosinhos, pela Junta de Freguesia de Leça da Palmeira, Rotary de Matosinhos e Lions Club. Recebeu a medalha dourada de mérito cultural instituída pela Câmara Municipal de Matosinhos.
No percurso das artes plásticas, destaca-se a realização de exposições: Amarante; Viana do Castelo – Centro Cultural do Alto Minho; Mirandela – Museu Teixeira Lopes; Matosinhos – Câmara Municipal de Matosinhos, Santa Casa de Misericórdia; Póvoa de Varzim – Centro de Artes de Rates, Biblioteca Rocha Peixoto, Biblioteca Diana Bar; Tondela – Museu de Besteiros; Viseu/Sátão – Centro Cultural; Bruxelas – Sala Damião de Goes.