Foi publicado a 19 de fevereiro, em Diário da República, a Portaria n.º 152/2019, da Secretaria de Estado da Cultura, a classificação de monumento de interesse público da Igreja e do Convento da Franqueira, nas freguesias de Pereira e Gilmonde, em Barcelos.
A portaria refere que apesar das obras de restauro e de adaptação registadas nas últimas décadas, o espaço conventual “conserva ainda grande valor histórico e arquitetónico, constituindo um bom testemunho da evolução da Ordem Franciscana” em Portugal. Construído no século XVI, o atual edifício foi ampliado e reformulado entre 1678 e 1708, tendo sido restaurado na segunda metade do século XX e, mais tarde, adaptado a turismo de habitação. “A envolvente do conjunto edificado, de grande valor paisagístico, conserva ainda diversas estruturas setecentistas do antigo cenóbio, incluindo a imponente fonte alusiva ao Senhora da Fonte da Vida, diversos traçados e percursos processionais e as sete capelas dos Passos”, sublinha ainda aquela portaria.
O conjunto da Igreja e Convento da Franqueira, a par da Ermida de Nossa Senhora da Franqueira e dos vestígios do antigo Castelo de Faria, erguidos nas imediações, é um evidente fator de qualificação do território”.
São destacados, igualmente, o valor estético, técnico e material da Igreja e do Convento e a sua conceção arquitetónica, urbanística e paisagística. Na antiga igreja conventual, “destaca-se o nártex caraterístico dos templos fransciscanos, aberto por arcos redondos e encimados por nichos com esculturas de vulto representando São Francisco e Santo António. O programa barroco do interior denuncia uma campanha decorativa unitária, hoje amputada do retábulo-mor original”.
Em face do cumprimento dos requisitos legais, “são classificados como monumento de interesse público, a Igreja e o Convento da Franqueira, no lugar do Senhor da Fonte da Vida, freguesias de Pereira e Gilmonde, concelho de Barcelos, distrito de Braga”, conclui a referida portaria.