A Fundação Serralves apresenta na Galeria Municipal de Arte, em Barcelos, a exposição “Ângelo de Sousa: Quase tudo o que sou capaz”, uma mostra que vai estar patente ao público a partir do dia 5 de novembro.
Este projeto reúne uma seleção de desenhos, pinturas e esculturas (obras da Coleção Serralves) que sublinham a importância da contaminação entre disciplinas para a evolução da sua prática artística ao longo da sua carreira. Nesta exposição, refuta-se “a imagem dominante de Ângelo de Sousa como pintor, demonstrando que o desenho e a escultura são não apenas facetas fundamentais da sua obra, como também onde porventura é mais evidente o espírito experimentalista”.
Os trabalhos do artista são caraterizados por uma aparente simplicidade: Ângelo de Sousa tenta obter, nas suas palavras, “o máximo de efeitos com o mínimo de recursos, o máximo de eficácia com o mínimo de esforço, e o máximo de presença com o mínimo de gritos (…). A exposição sublinha esta vontade de trabalhar com elementos simples, ao apresentar algumas das primeiras obras de Ângelo de Sousa, ainda figurativas, mas apontando já para a depuração que viria a caraterizar o artista, lado a lado com os exercícios abstrato-geométricos que o impuseram como um dos maiores estudiosos da cor e da luz”.
Esta iniciativa integra-se no programa de exposições e apresentação de obras da Coleção de Serralves, especificamente selecionadas para os locais de exposição com o objetivo de tornar o acervo acessível a públicos diversificados de todas as regiões do país.
A exposição fica patente ao público na Galeria Municipal de Arte até ao dia 30 de janeiro de 2022 e pode visitar de terça a sexta-feira, das 10h00 às 17h00 e sábados, das 10h00 às12h30 e das 14h00 às 17h30.
Ângelo de Sousa
O artista nasceu em Lourenço Marques a 2 de fevereiro de 1938 e fixou-se no Porto em 1955. Matriculou-se em Belas-Artes, licenciando-se em Pintura com nota máxima de 20 valores.
Viveu e trabalhou na cidade do Porto, onde deu aulas na Escola Superior de Belas-Artes, entre 1962 e 2000, ano em que se jubilou como professor catedrático.
Participou na fundação da Cooperativa Árvore, bem como em inúmeras exposições individuais e coletivas.
Morreu em 29 de março de 2011.