O Teatro de Balugas apresenta, no próximo domingo à tarde (18h30), nas ruas do centro histórico da cidade de Barcelos, o espetáculo “Sem Rei Nem Roque”, uma estreia que coincide com o Dia Mundial do Teatro. As abelhas de uma colmeia acossada pelo desaparecimento do seu habitat foram a analogia encontrada para descrever a comunidade do vale do rio Neiva. Assim nasce o espetáculo “Sem Rei Nem Roque”, uma performance itinerante do Teatro de Balugas. Financiado e apoiado pela Direção Regional de Cultura do Norte, Município de Barcelos e Fundação INATEL, “Sem Rei Nem Roque” resulta de um trabalho em duas fases: “a primeira, um trabalho de campo sobre a implantação neste vale da Linha de Muito Alta Tensão no Minho, realizado entre 2020 e 2021 pela companhia de teatro e dirigido pela investigadora Cristina Faria. Esta investigação no terreno registou o confronto da Natureza e das pessoas com a colocação da linha elétrica, questionou o que fica, o que desaparece, e que poder é este que se apropria do território. A segunda fase foi a criação de um espetáculo teatral que corporizasse o trabalho de campo, da responsabilidade do diretor artístico do Teatro de Balugas, Cândido Sobreiro, que após análise das recolhas orais, sonoras, fotográficas e de vídeo, sentiu um território e pessoas manifestamente impossibilitadas de lutar e contestar e, ao mesmo tempo, obrigadas a aceitar a mudança da paisagem natural. Ele entende que “o sentido de comunidade que tanto caracteriza as mulheres e homens do vale do Neiva, a abelha, na sua força de trabalho e espírito comunitário, bem como a sua vulnerabilidade às mudanças ocorridas no espaço, foi o elemento cénico encontrado em forma de marioneta gigante para percorrer e provocar o território.” Dia Mundial do Teatro comemora-se em família Além da iniciativa do Teatro de Balugas, o Município assinala o Dia Mundial do Teatro com uma iniciativa destinada a toda a família. Assim, no Theatro Gil Vicente, no dia 27 de março (domingo) , às 16h, sobe a palco “As cores também sentem” , um espetáculo encenado pela companhia VIA3, que associa as cores ao sentimento. “Incentiva a discussão, pensamento e empatia. Uma peça teatral que sente e faz sentir. Uma encenação que tanto ensina como diverte. Pipa recusa-se a tirar a sua venda dos olhos. Não gosta das cores, não gosta do sol, não gosta do mundo. O que se terá passado para a Pipa ter ficado assim, tão sem cor? Encontrar a resposta a esta pergunta é a missão da Luisinha que não desiste até conseguir voltar a tornar a vida da Pipa colorida. Um texto de Telma Domingues com interpretação de Ana Peixoto e da autora.” |