Pelo sexto ano consecutivo a comemorar a Revolução dos Cravos, o autarca reafirmou o reconhecimento dado “aos construtores da liberdade e da democracia em Portugal”, dizendo que é neles que o executivo se inspira para a “tarefa de cidadania”.
As primeiras eleições livres marcaram grandemente o discurso do Presidente, pois celebram-se há precisamente 40 anos. É um dia de comemoração para a democracia, pois foi o dia “em que os portugueses escolheram a democracia representativa e rejeitaram os modelos políticos obscuros e totalitários”. O dia 25 de Abril de 1975 foi um dia em que “os portugueses viveram a alegria de estar a escrever o futuro”, disse Miguel Costa Gomes e parafraseando António Arnaut, acrescentou que “era um tempo em que havia futuro”.
Falando agora sobre a Europa, o Presidente aludiu à criação do Estado Social, responsável pelo desenvolvimento económico, social e político que hoje temos. No entanto, em relação a Portugal, exclamou que “o país está exausto da austeridade!”, na medida em que “os sacrifícios exigidos aos portugueses nos últimos quatro anos não se traduziram em resultados positivos”, alertou.
Miguel Costa Gomes salientou que “apesar da difícil situação em que se encontravam, os portugueses souberam, há 40 anos, reinventar um país parado no tempo e isolado do mundo” e “ também hoje o nosso país se encontra num impasse, enredado nas políticas liberais que nada resolveram, antes contribuíram para a desestruturação social. Por isso, tal como há 40 anos, compete-nos definir o nosso futuro e decidir claramente qual o rumo que o país deve tomar”, utilizando o voto como arma.
Alertou também o autarca que “a responsabilidade que o país nos pede é demasiado importante e, por isso, não podemos deixar de corresponder aos desafios com que estamos confrontados, votando claramente numa mudança de políticas que restabeleça a confiança dos portugueses no seu próprio país.”
Fazendo referência à gestão do Município a partir de outubro de 2009, o Presidente da Câmara fez saber que o seu compromisso político tinha a “força moral de um contrato” e que tendo os barcelenses renovado a confiança em 2013, a motivação acresceu, dando ao executivo municipal a segurança de continuar o trabalho em prol da qualidade de vida e bem-estar dos cidadãos. As parcerias não foram esquecidas no discurso do autarca, evidenciando a autonomia e eficiência que confere às Juntas de Freguesia.
Miguel Costa Gomes acrescentou que “pela nossa parte, continuaremos a tarefa que nos foi confiada, certos do caminho que há quase seis anos temos vindo a trilhar, mas abertos a novas exigências e desafios que a cada momento os barcelenses nos vão colocando.” Concluiu dizendo que não nos podemos esquecer do sonho projetado pelos heróis de Abril que “tocaram a alvorada democrática e dos portugueses que, há 40 anos, decidiram o rumo de Portugal.”
Para além do Presidente, intervieram na sessão o Presidente da Assembleia Municipal, Duarte Nuno Pinto, e os representantes das forças políticas com assento na Assembleia – CDU, BE, CDS-PP, MIB, PS e PSD.
O Coro “Cantacellis” interpretou alguns temas musicais no início da sessão e encerrou com o “Grândola, Vila Morena”.
O dia da Comemoração do 41.º Aniversário do 25 de Abril começou com a cerimónia dos Veteranos de Guerra, onde marcou presença a Vereadora da Câmara Municipal de Barcelos, Armandina Saleiro.