A homenagem a cerca de 60 missionários barcelenses foi um dos pontos altos do programa, que contou com várias iniciativas ao longo do dia. De manhã, após o hastear da bandeira nos Paços do Concelho e de Missa Solene na Igreja Matriz, presidida por D. Francisco Senra, Arcebispo de Évora, seguiu-se o descerramento de placas comemorativas e deposição de coroas de flores no Monumento a D. António Barroso, no Largo do Município, e na Capela Jazigo de D. António Barroso, em Remelhe.
De tarde, foi inaugurada no Salão Nobre a exposição documental e iconográfica da vida e obra de D. António Barroso, que estará patente no Salão Nobre dos Paços do Concelho, até 28 de outubro.
As comemorações do Dia da Cidade contaram ainda com um concerto da Escola de Música da Banda de Oliveira, no Largo Dr. Martins Lima, e a realização de duas conferências sobre D. António Barroso, no auditório da Câmara Municipal, nas quais intervieram António Júlio Limpo Trigueiros, SJ, Carlos Azevedo, membro da Comissão Pontifícia da Cultura do Vaticano, e com moderação do padre e jornalista Manuel Vilas Boas.
No seu discurso, o Presidente da Câmara Municipal, Miguel Costa Gomes, lembrou “os barcelenses que se empenharam na afirmação da cidade, ou que se distinguiram, pela sua vida e obra, muito para além das fronteiras do concelho, dignificando a terra onde nasceram e enchendo de orgulho o povo a que pertencem”.
A elevação a cidade, cujo decreto foi publicado a 31 de agosto de 1928, realçou o Presidente da Câmara, “foi uma vitória de Barcelos e dos barcelenses que viram, desta forma, reconhecida a importância política, económica e social do concelho no contexto regional e nacional”.
Miguel Costa Gomes considerou que “estes momentos comemorativos”, como o Dia da Cidade, têm um “significado muito profundo porquanto aproximam a nossa ação política aos grandes exemplos de serviço ao bem comum e inspiram-nos na tarefa inacabada e gratificante que desenvolvemos em prol dos cidadãos”.
Elogiando a vida e obra do homenageado nestas comemorações do Dia da Cidade, o Presidente da Câmara sublinhou que “o Município de Barcelos orgulha-se deste ilustre cidadão e partilha com os barcelenses e, em particular, com todos os que trabalham na causa da canonização de D. António Barroso, o desejo de reconhecimento da sua ação e do exemplo de determinação e convicção que caracterizam a sua vida”.
Na sua intervenção, o Presidente da Assembleia Municipal, Horácio Barra, recordou “aqueles que tornaram possível o sonho” de elevação a cidade e que, “ao longo de dezenas de anos, foram acrescentando contributos positivos” para o desenvolvimento de Barcelos.
“Saibamos honrar esse passado e façamos tudo para que, no presente e no futuro, Barcelos seja cada vez mais uma cidade e um concelho em que todos gostam de viver”, afirmou o Presidente da Assembleia Municipal, acrescentando que “as preocupações e o investimento em áreas como a educação, a cultura, a saúde, a justiça, a habitação, as infraestruturas e serviços da urbe, o trabalho, o património e nos valores históricos, serão essenciais para podermos pensar num futuro melhor para todos os barcelenses”.
O programa do Dia da Cidade encerrou com a realização de duas conferências no Auditório Municipal. Na palestra intitulada “D. António Barroso e a sua terra natal”, António Júlio Limpo Trigueiros, SJ dissertou sobre as origens e o percurso de vida do homenageado.
Já Carlos Azevedo, membro da Comissão Pontifícia da Cultura do Vaticano, debruçando-se sobre “D. António Barroso: Bispo do Porto e Venerável da Igreja Católica”, manifestou o desejo de a canonização se concretizar em breve.