“Nenhum concelho, nenhum país, nenhuma sociedade terão um futuro risonho sem uma aposta forte no sector da Educação”. Esta foi uma das principais mensagens que o presidente da Câmara Municipal deixou, no encerramento da Sessão Solene dos 95 anos de elevação de Barcelos a cidade, que decorreu ontem ao final da tarde, nos Paços do Concelho.
Mário Constantino, após a agraciação com medalhas honoríficas a doze personalidades do concelho, aproveitou para fazer um balanço do trabalho efetuado pelo seu Executivo camarário, nos primeiros quase dois anos de mandato.
Recordando o discurso da tomada de posse, o edil barcelense reiterou a importância de a Câmara Municipal de Barcelos voltar a ter um papel determinante no desenvolvimento do concelho, através da promoção de políticas potenciadoras do progresso, focando-se fundamentalmente nos setores da coesão territorial, dinamismo económico, educação, apoio social e bem-estar da população. “Essa é, de facto, a nossa missão. Uma missão do presente, mas sobretudo uma missão de futuro. E o futuro só pode preparado com estratégia, com convicção, com ideias, e com projetos materializados em obras”, disse.
Enumerando setorialmente alguns dos projetos municipais, o presidente da Câmara sublinhou a aposta do Município no setor da Educação, vincando que não abdica da “construção de uma escola mais inclusiva, integradora, motivadora, e promotora do conhecimento e da cidadania”. Ao mesmo tempo, notou que o trabalho que tem sido desenvolvido com as Direções dos Agrupamentos Escolares e com os Professores “é muito frutuoso”, e enumerou alguns dos programas implementados pelo Município, bem como a obra realizada, à qual, futuramente, serão acrescentadas mais duas grandes renovações do parque escolar: a “Reabilitação e Ampliação da Escola Básica e Secundária do Vale d’Este em Viatodos” e a “Reabilitação da Escola Secundária de Barcelinhos”, obras que já estão candidatados ao Plano de Recuperação e Resiliência – PRR.
Relativamente à Ação Social, o autarca recordou o lançamento do “Programa de Emergência Social”, cujas medidas visam amenizar o impacto da inflação, principalmente nos agregados familiares economicamente mais carenciados. É o caso da majoração de 20% no valor do subsídio atribuído às famílias que beneficiam de apoio à renda de casa, a introdução do cheque Bebé Saúde, a gratuitidade ou redução do custo dos passes dos transportes públicos TUBA; o Passe Estudante grátis, e ainda, pelo segundo ano consecutivo, a redução do IMI com impacto acrescido nas famílias com mais filhos a cargo.
Relativamente à Mobilidade, o autarca enfatizou o facto de, em menos de dois anos, Barcelos ter passado “de duas para cinco linhas do TUBA Urbano”, e alargado “o TUBA Municipal para 55 carreiras, que servem todas as freguesias do nosso território. Não é ainda o que pretendemos, mas é um avanço muito significativo”, sublinhou.
De igual modo, congratulou-se com o sucesso da concretização do Programa Novos Caminhos. “Tenho de enaltecer e salientar a colaboração e o trabalho dos Presidentes de Junta, parceiros fundamentais na concretização deste projeto. Basta dizer que, em apenas num ano, este programa já financiou 9 milhões de obras que, ou já estão executadas ou em andamento, ou serão feitas brevemente”, lembrando que também já estão em fase final os trabalhos da empreitada de requalificação da Estrada 505, que liga Barcelinhos às Carvalhas, a qual deverá terminar no início do Outono.
Entretanto, está a decorrer o Concurso Público Internacional para o Fecho da Circular Urbana, “uma obra tão ansiada, e tantas vezes anunciada, e de que nos orgulhamos de colocar no mapa das obras municipais de Barcelos”, pois a sua execução “vai melhorar de forma muito significativa a mobilidade de entrada e saída da Cidade”.
O autarca de Barcelos terminou o balanço dos seus quase dois anos de mandato, salientando a conclusão de três obras: a Casa da Criatividade, o Help Point, e a obra de recuperação do edifício da Escola Gonçalo Pereira. Relativamente ao Mercado Municipal, explicou estando concluída a empreitada principal “cujo projeto, infelizmente, não acautelou aspetos legais de segurança e de operacionalidade, agora há correr atrás do prejuízo, e lançar uma empreitada complementar, para que, finalmente, o Mercado possa reabrir”.